sexta-feira, 6 de fevereiro de 2004

Nietzsche é coisa de mulherzinha.


Eu teimava no fato de que - na extinta Farra de Atores - declamaria tal carta de Nietzsche ao público da redenção. Teatro de rua é isso. Mas a Mari ficou indecisa entre o escrito abaixo e o "Na verdade o céu era como um tôldo recém lavada, os verdes blocos de gelo flutuavam no Mala. As águas, sob os blocos esverdeados, aumentavam de volume e rugiam. É que a neve derretia e o gelo se quebrava em mil pedaços, com estrondos medonhos. Coisa estranha! A primavera não chega com suavidade neste país, e sim com raiva, lutando com verdadeira fúria. E instala-se, apesar de tudo, com demasiada lentidão" (Selinko).


No fim das contas virei para os transeuntes e declamei minha clássica: "Ninguém obedece ninguém, sendo que ninguém é alguém; é algum, ser incomum. Ele pensa, tem seus reflexos, ele tenta, consertar os seus complexos - Ninguém obedece ninguém: cada um por sí e ninguém por todos".

Aquele tipo de coisa que escrevo, que escrevo como sou. Que, não dificilmente, não é - e sou - entendida.

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