quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Pois, quando no lançamento do "Cavernas & Concubinas" do jornalista e consultor criativo (!) André "Cardoso" Czarnobai, deparo-me com a colega - e amiga - Helga Kern. Ela estava em plena cobertura do evento para a InfoMedia TV.

A pauta da noite tratava de publicações em Blog's e publicações em Papel. Têm diferença? Tem, né!

O imediatismo da rede permite a todo e qualquer humano, letrado ou iletrado, expressar-se. Não que na história da literatura nunca tenha se lançado alguma aberração, daquelas de chorar num cantinho e pensar 'por que diabos se foi gastar tinta e papel em tal edição?'.

Contudo, o romantismo basta. Lp's, VHS. Até gramophone ouço em casa. Não tenho nada em Super-8, mas quisera. Uma boa mono-reflex de fotogramas à sal de prata. Uma digital não viria mal, quisera ter um Macintosh (põe uma 24p no pacote: eu dou gargalhada por 5 anos).

Quero dizer que o cheiro dos livros e o ruído de um vinil me apetecem. Enquanto no digital o preço de equipamentos, ferramentas, etc. amarguram e assustam - na publicação digital isso também acontece, só que na via contrária. Porém, como não tenho por profissão a literatura, deste mal não sofro.

O jornalista "não sente o gosto do caviar". Músico ou artista plástico: todos sofrem. Mas é do limão que sai a limonada. E se o artista é aquele que percebe situações, sensações, e leva consigo a necessidade de transmití-las, nada como uma pressão para tirar do peito, num uivo pela liberdade, e mostrar o que paira neste coletivo de humanos. Se te apreciam é porque compartilham contigo o teu segredo, em si mesmos.

E se num primeiro momento o virtual consente o doce de ser lido e reconhecido? Não tenho dúvidas.

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