Estou com pressa; Dá licença, meu Senhor.
Há pressa, sempre há pressa.
Há ar
Quero palavras jorradas ao vento num véu sem lógicas morais ou institucionais.
Há represa
Desalento poético cheio de ternura e palavras de perdão;
Não há represália.
Quero um louvo de Deus despedaçando um silêncio inquieto.
Não há conforto
Vida sem alma, não quero nem a pau.
Não há vida
Quero palavras soltas, abertas imaturas.
A tristeza caminha de mãos dadas com a verdade
Quero as belas e as feias, bonitas e bizarras.
Há sorte
Sorrir é insano.
Quero um Deus sobre meus ombros,
Verborrágico é o Senhor!
Há desconforto
Quero chorar num cantinho cantando baixinho Roberto Carlos.
e morte.
Que se alguma realidade se revela, não resvale.
Quero colar imagens desconexas com a realidade, desconexas da realidade, coerentes com a tal de verdade. Realidade.
Dos vales da incompreensão ressurge dos males um vale que diz Olá a própria servidão do homem; rezando à natureza
Abra-te Sésamo que de ardis a vida se faz pueril.
Que preza. Que preza.
Que dos berros ladram ladrões correm no asfalto
Saltos saltimbancais, urgem novos fonemas léxicos-gramaticais
Roubando-lhe a paixão.
Sorte!
Sem dramas não há Vida! Sem dramas não há Vida!
Rouba-te a vida.
Uiva com a noite celebrando o fim sem um motivo qualquer.
Beija meu rosto e vem me dizer Adeus.
Um grito de morte sem que por isso queira desejar a morte mesmo que ela esteja encaminhada: caminhada, caminhando para o abismo do auto-conhecer-se.
Há Deus?
Que me suporte.
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